A certificação contempla um conjunto de esforços empreendidos no âmbito da UEM, que desenvolveu um projeto de adequação às normas ambientais vigentes. Esse projeto engloba ações diversas para destinação e tratamento dos resíduos sólidos, químicos, líquidos, radioativos agronômicos ou biológicos que são gerados nos laboratórios. O projeto demandou, inclusive, algumas obras de infraestrutura, como, por exemplo, a unificação da rede de esgoto.
Todo o trabalho teve a assessoria da Procuradoria Jurídica da UEM, no que diz respeito às leis ambientais, além da orientação técnica do IAP, Sanepar e do Corpo de Bombeiros.
Rasca Rodrigues classificou o resultado do trabalho como uma “atitude de ética em favor a natureza”. Citando o impacto positivo da certificação, ele destacou seu efeito multiplicador em benefício da saúde do planeta. Afinal, “não se constrói consciência ambiental com palavras, mas com atos”. Para ele, “a inversão do quadro de degradação ambiental depende menos das políticas de governo e mais dessa relação de ética que cada cidadão ou instituição deve ter com a natureza”.
O chefe do escritório regional do IAP se declarou feliz em fazer a entrega da certificação para UEM. Ele elogiou a qualidade do projeto e os desdobramentos desse trabalho que, através do Programa ProResíduos, vem executando e assessorando na implantação de projetos ambientais para diversos municípios da região. Mexia lembrou também que na esteira do projeto de certificação dos laboratórios, foram equalizados outros passivos ambientais, a exemplo da destinação das lâmpadas fluorescentes, que já constituiu um problema grave dentro da Universidade, mas que hoje tem seu descarte correto.
A solenidade de entrega do certificado também contou com a presença do promotor do Meio Ambiente da Comarca de Maringá, Manoel Elecir Hecker. Segundo ele, essa licença será juntada ao Processo da ação civil pública envolvendo os laboratórios que até então estavam sem a licença ambiental necessária. O promotor adiantou que “a presente certificação deve por fim à disputa judicial”.
Colocando a certificação no mesmo patamar de importância das obras de infraestrutura inauguradas recentemente ou dos recursos obtidos através dos órgãos de fomento à pesquisa, o reitor Décio Sperandio atestou que a UEM deve se preocupar com a excelência em tudo o que faz. Na questão ambiental não poderia ser diferente. Ele também declarou o compromisso não só de cumprir fielmente todas as exigências estabelecidas no documento, mas de avançar nesta direção.
Segundo o reitor, há muito a ser feito, como a certificação dos laboratórios nos câmpus regionais, bem como do Hospital Universitário. Sperandio também destacou que o projeto de certificação teve a participação fundamental dos supervisores do serviço de radioproteção, do Programa ProResíduos e do Comitê de Ética Ambiental.
Durante a solenidade, os presentes puderam assistir a uma apresentação do ProResíduos, além do projeto que já está em andamento para tratamento de resíduos do HU.
Hoje, a UEM gera aproximadamente 40 mil quilos de resíduos ao mês, entre sólidos, químicos, líquidos, agronômicos, radioativos, biológicos, serviços de saúde e entulho de obras. Desses, 23 mil são recolhidos pela prefeitura, mas que num curto prazo estará sob a responsabilidade da Universidade. O custo estimado para tratamento de todo esse lixo é de aproximadamente R$ 413 mil por ano.
A UEM deverá zerar esses custos a partir do funcionamento da central de tratamento de resíduos, juntamente com o equipamento de tratamento de resíduos da área de saúde, através de gasificação e combustão combinados. A central já está em fase de construção e o equipamento já foi adquirido pela Universidade.
O projeto ainda inclui o reaproveitamento de papéis para a produção de agendas, pastas, blocos, que já são produzidos em baixa escala. Atualmente apenas 30% desses materiais são separados na UEM. A idéia é reciclar 100%. A previsão é até o final de 2010 a central entre em funcionamento.
Também participaram da solenidade de entrega do certificado, o vice-reitor Mário de Azevedo, o secretário municipal de Meio Ambiente, Diniz Afonso, pró-reitores, diretores de centro, professores e técnicos da Universidade e do IAP.
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