Em dezembro, Copenhagen, capital da Dinamarca, sediará a Conferência Mundial Sobre o Clima. Aquele que está sendo considerado como o mais esperado encontro sobre Meio Ambiente das últimas duas ou três gerações.
O evento tem uma ambição de tirar o fôlego: aproximar todas as nações e minimizar as agudas divergências que ainda impactam a criação das bases de um novo ciclo de desenvolvimento do planeta, pautado agora na baixa emissão de carbono.
No engalfinhar de uma quádrupla crise mundial – climática, econômica, pandêmica e energética – a humanidade, através de seus governantes (200 países estarão presentes), será convidada a equacionar sua atual e brutal dependência da energia fóssil. Não é pouco, nem sei se é possível, e nem sei se estarei por aqui para testemunhar a substituição da energia do petróleo por outra, menos preta, menos nociva e menos comprometedora.
Todos estarão olhando para a Dinamarca, e de forma mais concentrada, para Copenhagen. Estarão observando de forma atenta, apreensiva, ansiosa e, eu, pelo menos, de forma esperançosa. Mas essa linda cidade escandinava, com mais de 1,2 milhões de habitantes, além de ser a capital de um país com 99,9% de alfabetização, é também berço de grandes autores. (…)
Não sei o que a cúpula do meio ambiente vai decidir, mas há muito tempo eu já decidi que tão logo possa vou caminhar pelas ruas de Copenhagen, rastrear seus cafés, conhecer suas bibliotecas, seus museus, suas livrarias e conhecer mais de seus grandes autores. Mais do que tudo, já decidi que vou continuar sendo viking, uma viking lutando pelo ar limpo do Báltico e de São Paulo.
Karen Blixen
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